DOMESTICIDADE NÃO É... ter um lugar para chamar de seu! (Parte V)


(Não deixe de ler as partes anteriores desta série!)

“Portanto, se temos alimento e roupa, estejamos contentes.” 1 Timóteo 6:8

Quem casa quer casa! Ter o seu cantinho é o sonho de toda mulher. Mas é preciso ter algumas coisas em mente para não cair no erro de valorizar demais algo ao ponto de desviar seu foco do que é mais importante.

Sem dúvidas ter um cantinho para chamar de seu é excelente, mas isso não determina a responsabilidade ou sua missão como ‘dona-de casa’ (mesmo sem casa). Em outras palavras, o fato de, por acaso, você não ter propriamente uma casa, não exime você da responsabilidade de cuidar bem do seu ‘lar’. Morar, por exemplo, temporariamente por motivos de força maior na casa de parentes não exime você da responsabilidade de cuidar do lugar onde Deus colocou a sua família.

Como já disse, quando Paulo falou sobre o dever que as mulheres têm de serem boas donas de casa ele não tinha o foco simplesmente em coisas materiais, mas no testemunho de uma mulher cristã com relação à sua família – marido, filhos, bens - “para que a Palavra de Deus não seja envergonhada” Tito 2:5.

Amar o lar e se ocupar dele é entender que Deus deseja que você testemunhe e sirva a Deus através do zelo pela sua família, onde quer que Ele a tenha colocado.

Ter ou não uma casa, seja boa ou não, não são mudam o fato de que devo zelar pelo lugar onde Deus tem me colocado (seja na casa de alguém, seja numa casa improvisada, seja numa moradia temporária). Minhas atitudes e a forma como encaro e minha missão familiar – seja no lugar que for – devem ser um testemunho que glorifique a Cristo e não envergonhe o evangelho.

Temos o costume de colocar condições para cumprir bem nosso papel de abençoadoras do nosso lar, da nossa família. Condicionamos o nosso zelo a uma lista de desejos:

– só vou me dedicar quando tiver uma casa própria.
- essa casa nem é minha, não vou cuidar
- só vou ter prazer em cuidar quando tiver tudo do jeitinho que eu sonho.

O ensino de Cristo nos diz muito a respeito das desculpas e condições que impomos: quem não é fiel no pouco tão pouco será fiel no muito.

“Se forem fiéis nas pequenas coisas, também serão nas grandes. Mas, se forem injusto nas pequenas coisas, também serão nas maiores.” Lucas 16:10

Condicionar o nosso ministério de cuidado com a nossa família a bens materiais é uma cilada que nos tira o foco e invariavelmente nos conduz ao descontentamento.

Sempre me chama atenção o versículo que limitam as condições para a nossa satisfação:

“Portanto, se temos alimento e roupa, estejamos contentes.” 1 Timóteo 6:8

Já temos garantia da parte de Deus que essas coisas não nos faltem – Mateus 6:25-34. O resto é complemento. Certamente é bom, mas não é indispensável. Lembremo-nos que somos peregrinos. Nossa pátria é outra. Nosso Lar é o lar celestial.

Não necessitamos desesperadamente de um lugar para chamar de nosso aqui na terra. Temos uma outra pátria e uma outra casa, preparada pelo Pai, esperando por nós.

"Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar. E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também." João 14:1-3

Na verdade, acabamos perdendo o foco no alto quando cravamos nossas raízes aqui em baixo. Quando trocamos as tendas móveis, prontas para serem desmontadas à primeira ordem do Senhor, por casas de fundamentos profundos, verdadeiramente imóveis, pequenos palácios para o nosso reinado pessoal.

Não precisamos de muita coisa para desenvolver bem o nosso ministério no lar de glorificar e testemunhar a respeito do nosso Criador. Muitas vezes as muitas coisas nos fazem perder o foco e nos fazem desviar o olhar do que é mais importante.

Que o Senhor nos ajude a manter nossos olhos fitos em nosso Lar celestial enquanto cuidamos de nosso lar temporário aqui.
Abraço carinhoso,
Renata Veras.

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