Um Pedido de Casamento Incomum. Você aceitaria?


Um Pedido de Casamento Incomum.

Você aceitaria?
Você daria a mão da sua filha?


Mal elas nascem e a gente já começa a imaginar as muitas coisas que virão pela frente. São nossas pequenas princesas e nada menos que o melhor é o que desejamos para elas - as melhores oportunidades, a melhor alimentação e saúde, a melhor formação, o melhor futuro e... sim, o melhor partido.

Se já somos mães, baseadas em nossas experiências, não queremos que nossas filhas passem pelas mesmas dificuldades ou cometam os mesmos erros que nós. Quando pensamos em casamento, sabemos das dificuldades que lhe são inerentes e logo montamos uma figura mental do tipo de homem que gostaríamos que nossas filhas escolhessem para serem seus maridos.

Mulheres e pais piedosos desejarão alguém responsável e amável, capaz prover tudo o necessário, capaz de protegê-la das dificuldades e perigos da vida.

Se fossemos fazer uma lista certamente nos primeiros lugares estariam: ser um homem de Deus, ser temente ao Senhor, carinhoso, dedicado, bem sucedido. Por último colocaríamos os atributos físicos e as questões financeiras, mas estas qualidades também não seriam desconsideradas. Certamente queremos segurança e bem estar para aquelas a quem mais amamos.

E qual profissão pensamos ser ideal para o nosso futuro marido ou genro? Certamente uma que possa proporcionar conforto e estabilidade financeira para nós ou nossas meninas. Arriscaria que um cargo de nível superior em alguma empresa estatal nos traria muita satisfação e tranquilidade. Ou então, quem sabe, uma daquelas profissões clássicas como medicina ou engenharia.

Certamente não povoa nosso imaginário de casamento ideal ver nossas filhas (ou nós mesmas) casadas com um pastor ou um missionário. Tudo bem, isto é completamente compreensível, afinal, como esposa de pastor, posso elencar pelo menos mil motivos pelo qual essa escolha não seja tão atraente. Dinheiro curto, instabilidade, muito desgaste emocional são apenas uns deles. Mas há pelo menos um motivo forte o suficiente para deixar todos os demais em segundo plano – o amor a Deus e o desejo de servir-lhe com toda a sua vida.

Talvez foi esse motivo que fez com que o pai de Ann Hasseltine não negasse a mão da sua filha diante do pedido tão incomum que lhe foi feito. Certamente também foi este o motivo que fez com que essa mulher não dissesse não diante do pedido nada atraente de seu futuro marido. Foi com essas palavras que Adoniran Judson se dirigiu a seu futuro sogro:

"Tenho agora que pedir se o senhor poderá consentir separar-se de sua filha no início da próxima primavera, para não mais vê-la neste mundo; se pode consentir que ela parta, e que seja sujeita às durezas e os sofrimentos da vida missionária; se pode consentir em que se exponha aos perigos do oceano, à influência fatal do clima do sul da Índia; a todo tipo de necessidade e estresse; a degradação, a insultos, perseguição e talvez uma morte violenta. Será que o senhor pode consentir em tudo isto, por amor Aquele que também deixou seu lar celeste, e morreu por ele e pelo Senhor; por amor a almas imortais que perecem; por amor a Sião, e a glória de Deus? Poderá consentir tudo isto, na esperança de em breve encontrar-se com sua filha no mundo da glória, com a coroa da justiça, polida com as aclamações de louvor que redundarão ao Salvador dela, dos ateus salvos por meio dela, do sofrimento e desespero eterno?"

Esse pedido, acima de tudo, transborda amor a Cristo e transborda convicção de que a vida é digna de ser vivida se dedicada a Ele. Aquela convicção de que não se está no mundo à passeio. Para além das juras de amor eterno, o casal que ama a Cristo e que tem a perspectiva correta de que são peregrinos nesta terra, deve fazer votos de dedicarem suas vidas um ao outro e ambos ao serviço do Mestre, não importando o quanto isto lhes venha custar.

Como pais, acima de segurança e bem estar, devemos desejar às nossas filhas uma vida plena de amor a Deus. Uma vida convicta de que o Reino de Deus deve sempre vir em primeiro lugar e que as demais coisas são secundárias. Uma vida de entrega total e abnegada ao Senhor, como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus.

A despeito das dificuldades e da falta de reconhecimento, temos da parte de Cristo o reconhecimento da sublimidade e excelência do trabalho dedicado para Deus. Mesmo sem garantia de ‘casa, comida e roupa lavada’, temos a garantia do cuidado e da provisão fiel e carinhosa do nosso Pai Celestial. Temos também a garantia de uma vida cheia de bons frutos que agradam a Deus.

O pai de Ann a perdeu temporariamente, mas muitos foram abençoados pelo tão conhecido trabalho missionário dela e de seu marido Adoniran Judson.

Esta é uma palavra fiel: se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja. 1 Timóteo 3:1

Quão formosos são, sobre os montes, os pés do que anuncia as boas novas, que faz ouvir a paz, do que anuncia o bem, que faz ouvir a salvação, do que diz a Sião: O teu Deus reina! Isaías 52:7

E você, pai, como responderia a esse pedido? Você daria a mão de sua filha?

E você, mulher, diria sim a uma proposta como esta?

Um abraço de quem quer ter a perspectiva correta da vida,
Renata Veras.

Publicado originalmente em 19/02/2015, 22:00h

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