Por que digo não aos meus filhos - reflexões sobre o medo de dizer não aos filhos.


Esses dias fui surpreendida por uma visita quando dizia não à minha filha mais nova, quando esta, aprendendo a andar, se dirigia para um lugar perigoso. Confesso que minha primeira reação foi de estranhamento. Ouvir de uma cristã experiente que eu não deveria dizer não para aquele pequeno bebezinho teimoso sob o risco de prejudicar seu desenvolvimento e fazê-la crescer frustrada me fez questionar de onde ela havia tirado aquilo. Uma enxurrada de verdades bíblicas brotou na minha mente, me fazendo questionar e, educada e silenciosamente, recusar aquele ensino até que tivesse uma resposta que fosse firme e suficientemente fundamentada para dar.

De fato, somos bombardeadas por 'inovações educacionais' (apesar de que nã há nada novo debaixo do sol) e vamos sendo, pouco a pouco, influenciadas por elas. E um desses modelos novos que tem influenciado muitos, inclusive cristão, estabelece que os pais e professores devem evitar dizer não para crianças pequenas por vários motivos, dentre eles o fato de que:

- o ‘não’ é muito abstrato para crianças na primeira infância
- o ‘não’ causa frustração
- o ‘não’ causa obsessão no objeto negado
- o ‘não’ reforça o comportamento negativo
- o ‘não’ coloca o foco no comportamento negativo

Desta forma, como melhor caminho para o desenvolvimento infantil, deve-se evitar custo dizer não. Isso não implica em que os pais abandonem a imposição de limites em absoluto. Não se trata de deixar de estabelecer regras, mas, em lugar de dizer ‘não pode isso!’, ‘não faça aquilo!’,de procurar formas criativas de dizer o mesmo de uma forma positiva. Sem dúvida alguma, essa abordagem exige muito esforço e criatividade por parte dos pais.

À parte das contribuições relevantes dessa abordagem ao lançar luz para o uso do ‘não’ grosseiro, preguiçoso, automático, sem amor, sem justificativas ou explicações, esse medo exagerado do ‘não’ pode esconder problemas importantes que precisam ser considerados.

Qual é o grande problema com o não?
Será que o ‘não’ é inapropriado?
Será que ele deve ser evitado?
Será que ele não faz bem para a formação dos nossos filhos?

Algumas dessas questões me são rapidamente respondidas quando olho para o modelo de formação e educação usado pelo próprio Criador.

Pedagogia Divina e a razão para eu não temer dizer não aos meus filhos.

- Deus não hesita em impor limites aos seus filhos.

Já no Éden Deus estabelece limites. Não há dúvidas de que tudo seria muito mais fácil para os primeiros humanos (e para nós também) se não houvesse limites ou proibição alguma. Colocar uma árvore no meio do jardim para proibir que comessem dela nos parece uma estratégia pedagógica completamente equivocada.

Deus não parece ter interesse em preparar um ambiente completamente estéril a fim de que não tivéssemos a necessidade ou a chance de pecar. Uma consultoria pedagógica dos dias de hoje mandaria Deus sumir com aquela árvore do meio do jardim, para evitar conflitos, frustrações ou problemas.

E o Senhor Deus ordenou ao homem: "Coma livremente de qualquer árvore do jardim, mas não coma da árvore do conhecimento do bem e do mal, porque no dia em que dela comer, certamente você morrerá". Gênesis 2:16,17

Os limites servem para testar nossos filhos e proverem oportunidades de lhes ensinar sobre possíveis erros.

- Deus não hesita em dizer não aos seus filhos.

Os 10 mandamentos quase em sua totalidade são proposições negativas.

“Não terás outros deuses diante de mim [...] Não farás para ti imagem de escultura, Não te encurvarás a elas nem as servirás [...] Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão [...] Mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus; não farás nenhuma obra [...] Não matarás. Não adulterarás. Não furtarás. Não dirás falso testemunho contra o teu próximo [...] Não cobiçarás a casa do teu próximo, não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo.” Êxodo 20:3-17

Não é uma ordem negativa que incentivará a criança a fazer o que é errado. Nossa inclinação natural já é para o mal, para o erro. Por essa razão é necessário chamar atenção para ele, mostrando a realidade errada das atitudes que nos são naturais.

- Deus deseja revelar o coração dos seus filhos.

O objetivo da lei era desvendar as intenções do coração.

Por isso, nenhuma carne será justificada diante dele pelas obras da lei, porque pela lei vem o conhecimento do pecado. (Rm 3:20)

Deus não deseja a paz a todo custo. Deus não parece interessado em evitar o conflito ou mascarar a realidade. A lei nos mostra que somos pecadores, ela revela e convence-nos que somos pecadores e de que precisamos de Deus.

Os nãos, as regras, os limites servem para revelar também o coração dos nossos filhos. O coração revelado nos dá oportunidade para trabalhar a disciplina, para ensinar os princípios básicos da vida.

Nossos filhos irão pecar. Não será a ordem que incentivará o erro. Poder descobrir e corrigir o erro desde cedo, no ambiente privado e gracioso do lar é o melhor para o seu desenvolvimento.

- Deus não hesita em disciplinar seus filhos.

Na realidade a disciplina se constitui em evidência de amor. E ninguém duvidaria do amor de Deus por seus filhos, amor este capaz de mandar seu próprio Filho para morrer em nosso lugar.

“Pois o Senhor disciplina a quem ama, e educa todo aquele a quem recebe como filho” Hebreus 12:6

Em todos esses casos Deus se relaciona com adultos. Alguém poderia objetar que a relação de Deus conosco é diferente da nossa relação com nossos filhos. Alguém poderia objetar ainda que a questão em jogo é o efeito do não em crianças, principalmente naquelas menores. A respeito disso vemos que:

- Deus nos ordena a inculcar seus estatutos na mente de nossos filhos.

O ensino é intencional, constante, diário, precoce. Faz parte orgânica do funcionamento da casa. Isso certamente inclui todas as proposições negativas instituídas por Deus.

“E estas palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração; E as ensinarás a teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te e levantando-te. Também as atarás por sinal na tua mão, e te serão por frontais entre os teus olhos. E as escreverás nos umbrais de tua casa, e nas tuas portas.” Deuteronômio 6:6-9

- Deus nos ordena a começar cedo.

Se cedo eu devo disciplina meus filhos, quanto mais dizer-lhes não.

“O que retém a vara aborrece a seu filho, mas o que o ama, cedo, o disciplina.” Provérbios 13:24

“Educa a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele.” Provérbios 22:6

- Deus nos lembra que o coração de nossos filhos é enganoso.

Temos uma visão romântica da infância. Esquecemos que o pecado mora naquele coraçãozinho tão fofo e cheirosinho. A necessidade de impor limites, de dizer não, de disciplinar é vital.

“A estultícia está ligada ao coração da criança, mas a vara da disciplina a afastará dela” Provérbios 22:15

- O caminho para a sabedoria e o bom desenvolvimento passa por uma educação e disciplinas.

O medo de frustrar e traumatizar nossos filhos pode enganosamente nos levar para o caminho enganoso da permissividade, de dar liberdade exagerada, de entregar a criança a si mesma. Não é à toa que as crianças têm pais. As crianças têm pais porque precisam deles.

A vara e a disciplina dão sabedoria, mas a criança entregue a si mesma vem a envergonhar a sua mãe. (Provérbios 29:15)

- Deus nos lembra que o não e que a disciplina bíblica não traumatizarão nossos filhos

Não retires da criança a disciplina, pois, se a fustigares com a vara, não morrerá. Tu a fustigarás com a vara e livrarás a sua alma do inferno. (Provérbios 23:13,14)

- Deus quer que os filhos honrem, respeitem e obedeçam seus pais

A honra, o respeito e a obediência aos pais é algo levado muitíssimo a sério por Deus. Isso fica claro ao vermos que a ordem para honrar os pais prefigura entre os 10 mandamentos.

Por outro lado, não encontramos mandamento explícito nas Escrituras exigindo que os filhos amem seus pais. Obviamente, isso não significa que Deus não espera isso deles, mas aponta para a ênfase divina na relação entre pais e filhos que vem antes e precede a relação de amor - a relação de respeito.

“Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor teu Deus te dá.” Êxodo 20:12

Por mais que a relação entre pais e filhos se diferencie e guarde proporções gigantescas da relação entre Deus e nós, é impossível não notar que a forma como devemos tratar e educar nossos pequenos reflete e ensina sobre como nossos filhos deverão se relacionar com o seu Deus. O respeito, a honra e a obediência exigida dos filhos aos pais ensina e aponta para a relação de obediência, honra e respeito que eles deverão ter com seu Pai celestial. Fazendo um trocadilho, se nossos filhos não são ensinados e não são capazes de honrar e obedecer a seu pai a quem vê, como honrará e obedecerá o Pai que está nos céus.

Sem dúvidas, a pedagogia divina seria reputada por muitos como uma pedagogia completamente equivocada, negativa, desrespeitosa. Me questiono como um pai cristão que abraça um modelo de formação pós-moderno ensina os preceitos básicos das Escrituras, muitos deles em forma negativa, para seus filhos.

Não sou uma mãe megera que adora dizer não e que não quer viver em paz com meus filhos. Dizer que podemos e devemos dizer não aos nossos filhos não é uma apologia à grosseria. A disciplina e a educação dos pais é balizada pela ordem expressa de não irritar ou desanimar os filhos. Não temos autorização divina para sermos grosseiros, preguiçosos em nossa forma de educar, de usar o não indiscriminadamente sem justificativas ou explicações quando estas forem necessárias e possíveis (nem sem são). (Leia o texto aqui do blog que fala sobre 50 maneiras que os pais podem provocar seus filhos à ira)

É obvio que exageros devem ser evitados. Dizer não pelo simples prazer de dizer não é o correto. Assim como também não é, e considero ainda mais danoso, passar para o extremo oposto da permissividade absoluta. (Leia também o texto do blog que fala sobre disciplina bíblica)

Outras questões fundamentais precisam ser consideradas.

O que se esconde por trás da resistência de aceitar os meios divinos para a formação e educação de nossos filhos?
O que está por trás da facilidade que temos em abraçar novos modelos educacionais?
O que está por trás dessa recusa ou desse medo de usar o ‘não’?

Todos somos atraídos por um modelo de educação e criação que exala positividade e amor. Afinal, qual problema existiria numa pedagogia que defende o respeito, a positividade? O problema está quando esse modelo que promete amor e paz se diz mais amoroso que o modelo das Escrituras. Quando, consequentemente, acusa o modelo de educação bíblico de ser grosseiro, obsoleto e ultrapassado.

Modelos que tornam a nossa figura materna ou paterna mais agradável e querida são sempre bem aceitos e rapidamente abraçados. Somos influenciadas e negociamos o modelo bíblico porque muitas vezes estabelecemos uma relação errada com nossos filhos. Nossa relação com nossos filhos é muitas vezes pautada por medo, dependência e insegurança.

O fato é que somos uma geração de pais românticos e inseguros. Somos dependentes de nossos filhos. Precisamos deles mais do que eles de nós. Temos medos de frustrá-los, de não sermos queridos, de não sermos amados. E nessa acabamos não cumprindo nosso papel fundamental de amá-los e educá-los. Nos tornamos reféns dos nossos filhos ou do nosso medo de perdê-los. Negociamos demais para que eles ‘gostem de nós’. Negociamos até mesmo aqueles valores e crenças que reputávamos como inegociáveis.

Muitas vezes transferimos nossas carências de afeto para a relação materna. Como um ídolo do nosso coração, nossos filhos se tornam o centro de nossa existência e alegria. Passamos a depender de uma resposta positiva dos nossos filhos para sermos felizes. E como todo ídolo insaciável, nos tornamos escravas da necessidade de agradá-los a fim de recebermos como retorno o seu favor, de mantê-los favoráveis a nós. Ouvir de nossos filhos, em um acesso de fúria, que eles não gostam mais de nós pode ser motivo para uma crise existencial. Nos esquecemos muitas vezes que nossos filhos também são pequenos pecadores e já nascem com uma capacidade incrível de manipulação. Essa capacidade pode ser cortada ou nutrida de acordo com a resposta dos pais. A mãe que volta atrás na ordem dada depois de ver o filho bicudo sentado no canto da parede porque se sente mal e teme que seu filho deixe de amá-la, além de demonstrar insegurança e dependência emocional, reforça um comportamento manipulador que pode ser levado para a vida inteira.

Muitas vezes temos medo de dizer-lhes não, de contrariá-los, de frustrá-los por medo de afastá-los, de perder o afeto, de que nos amem menos. A cara de choro, o olhar torto, as palavras raivosas são suficientes para derreter nosso coração e disparar o gatilho do medo. Duvidamos então do que as Escrituras nos ensinam sobre a criação dos nossos filhos e abraçamos qualquer outra ideia que nos deixe mais confortáveis e que nos garantam que seremos vistos com bons olhos por nossos filhos. Não percebemos que quando assim fazemos transformamos essas pequenas criaturinhas imaturas, pecadoras e necessitadas de nós, em controladores da nossa forma de educar. Convenhamos que nossas emoções ou a reação dos nossos filhos não são bons critérios para fundamentar ou avaliar o nosso modelo educativo.

A confiança em Deus e na perfeição dos seus estatutos são suficientes para nos fazer lançar fora todo o medo. O único antídoto para essa dependência emocional errada, para vencer o medo e insegurança é olhar para a relação entre nós e nossos filhos da perspectiva correta e confiar no plano do Criador.

- Os filhos não são nossos, nossos filhos são do Senhor.
- O modelo de educação e formação divino é o melhor.
- O Senhor abençoa aqueles que decidem obedecer e seguir seus caminhos.
- Antes de buscar ser amado por nossos filhos, devemos buscar obedecer a Deus. As demais coisas nos serão por Ele acrescentadas.
- Antes de agradar nossos filhos, temos que pensar em agradar ao nosso Criador.
- Antes do desejo do amor dos nossos filhos estão Deus e o nosso amor por ele.
- Acima da busca por ser amado por nossos filhos, devemos buscar amá-los objetiva e verdadeiramente.
- Não temos o controle sobre o amor do seu filho por nós, mas do amor que temos por eles.
- A maior prova de amor que podemos dar aos nossos filhos é educá-los de acordo com a Palavra de Deus, dizendo não quando necessário, mostrando-lhes os limites, disciplinando-os.
- Nossa responsabilidade como pais deve ser guiada pela Palavra e não por nossas emoções variáveis e enganadoras.
- Nosso maior objetivo de vida é fazer nossos filhos amarem a Deus, temerem a Ele e o obedecerem, acima e antes de nos preocupar em que eles nos amem.

Qualquer modelo que, em nome do amor, evita dizer não quando necessário, disciplinar, impor limites não é um modelo que ama verdadeiramente. Não precisamos ter medo de fazer aquilo que devemos fazer. Podemos confiar no modelo formativo divino para nossos filhos, um modelo que reconhece e leva em conta cada aspecto daqueles pequenos coraçõezinhos pecadores e desesperadamente corruptos. Um modelo que equilibra a responsabilidade paterna e a dependência divina. Um modelo pedagógico de amor por excelência porque não hesita em ensinar, dirigir, corrigir. Esse é o modelo de formação e educação positivo por excelência porque equilibra rigor, firmeza, doçura e graça.

Que o Senhor nos ajude a amar nossos filhos assim como Deus espera que façamos e que descansemos no cuidado soberano do Pai sobre o futuro das nossas pequenas heranças.
Um abraço carinhoso,
Renata Veras.

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9 comentários

  1. Que Benção em minha vida! Amei o vídeo, com a Isa em dois dedos de teologia. E estou super feliz por esse blog! estarei sempre por aqui!

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  2. Como tenho pensado sobre isso ultimamente.... Por conta dos modelos pedagógicos atuais, a culpa tem me incomodado muito, mas é evidente na minha filha de quase três anos a necessidade de limites e disciplina! Outro problema, é que o tempo todo tenho que ficar num embate com pai, avós, que mesmo tendo recebido uma educação segundo valores bíblicos, já foram dominados pelos pensamentos deste século, e ao invés de compreenderem e respeitarem a minha autoridade diante dela nos momentos que a corrijo, ficam interferindo, me colocando como invompreensivA ou exagerada por tratar-se apenas de uma criança. Sinto muitas vezes que sou uma vilã, rude, e por isso o sentimento de culpa tem me perturbado...��

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  3. Olá, me chamo Luana e tenho uma filha de dois anos. Sou nova aqui no blog e estou achando maravilhoso.
    Estou bastante angustiada com alguns aspectos da criação da Luiza, um deles é sobre o castigo físico. Apesar do versículo bíblico citar a "vara" tenho minhas dúvidas se o ato de bater é realmente uma forma de repreensão sadia, pelo menos aqui em casa não tem funcionado bem. Seria possível que a "vara" citada na Bíblia tivesse um sentido diferente de bater?
    Desde de que comecei a aplicar a repreensão física aqui em casa não vi resultados positivos, mesmo a palmada sendo acompanhado de uma boa conversa e de um abraço depois do choro, e ultimamente ela tem reproduzido o momento nas bonecas dela, ela almenta o tom de voz, e algumas vezes​chegou a fazer comigo. Sendo eu e meu marido os modelos que ela reproduz, como vamos poder bater nela e depois desejar que ela não faça o mesmo com os outros ou até conosco.
    Se eu decidir não aplicar o castigo físico, mas sim outros, eu estaria desprezando um ensino bíblico?
    Se já um post falando no assunto me indique. Deus continue te usando e abençoando 😊

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  4. Olá, meu nome é Luana, tenho uma filha de dois anos e sou nova aqui no blog, estou achando maravilhoso.
    Estou bastante angustiada com alguns aspectos da criação da Luiza, um deles é sobre o castigo físico. Apesar do versículo bíblico citar a "vara" tenho minhas dúvidas se o ato de bater é realmente uma forma de repreensão sadia, pelo menos aqui em casa não tem funcionado bem. Seria possível que a "vara" citada na Bíblia tivesse um sentido diferente de bater?
    Desde de que comecei a aplicar a repreensão física aqui em casa não vi resultados positivos, mesmo a palmada sendo acompanhado de uma boa conversa e de um abraço depois do choro, e ultimamente ela tem reproduzido o momento nas bonecas dela, ela almenta o tom de voz, e algumas vezes​chegou a fazer comigo. Sendo eu e meu marido os modelos que ela reproduz, como vamos poder bater nela e depois desejar que ela não faça o mesmo com os outros ou até conosco.
    Se eu decidir não aplicar o castigo físico, mas sim outros, eu estaria desprezando um ensino bíblico?
    Me indique se já houver algum post sobre o assunto 😊

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  5. Olá, Renata! Que belo trabalho seu no blog. Conheci há pouco é estou admirada. Estretanto, esse texto me incomodou um pouco, pois tive a sensação de que ele passa um entendimento de que disciplina positiva é não dizer não. Esse seria um entendimento muito limitado. Talvez vc tenha sido mal apresentada à teoria e tb é de se admitir q tem muita gente aplicando e entendendo errado e, com isso, negligenciado limites. A disciplina positiva vem muito dos estudos de Maria Montessori e a educação montessoriana preza exatamente pela firmeza nos princípios na educação, especialmente dos pequenininhos. Uma escola montessoriana, por exemplo, vai priorizar obediência, respeito, honestidade ao aprendizado da leitura precoce. Disciplina positiva é corrigir e impor limites sim, mas muito mais com exemplos práticos do que com intervenções simples como o "não". E de maneira nenhuma o "não" é proibido na disciplina positiva. Os adultos só são estimulados a trocar o "não" recorrente e vazio, como vc mesma lembrou, por atitudes que reforçam o que eles devem fazer (enculcar).
    Vc está certíssima no que escreveu, só sugeriria cuidado pra não ser injusta com a definição de disciplina positiva.

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    1. Olá! Que gracioso o seu comentário! Muito me ajudou e já ajustei alguns termos no texto a fm de fazer justica. Muito obrigada! Deus te abençoe!

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  6. Excelente texto, parabéns! Deus te abençoe, minha irmã! 👏👏😍😍

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  7. Excelente texto, parabéns! Deus te abençoe, minha irmã! 👏👏😍😍

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