Menina deve se vestir como menina – Criança deve se vestir como criança





Até muito tempo era minha mãe quem fazia minhas roupas. Não todas, mas as principais roupas para passear ou para ir à igreja eram vestidinhos feitos por ela. Enquanto fui criança, me vesti realmente como criança. Infelizmente, a maioria das pequenas meninas de hoje correriam às léguas dos vestidinhos feitos em casa pela 'mamãe'. Nossas crianças se tornaram pequenas vítimas da moda. Vítimas da moda e vítimas… DAS MÂES.

O que acontece é que parece que as mães tem uma espécie de prazer misterioso que ainda não consegui entender. Gostam ver suas meninas transformadas em mini-adultas e as vestem e as produzem como tal. Falta de bom senso? Vontade não superada de brincar de boneca Barbie? Projeção de seus próprios interesses de moda? Não sei. Mas sei que as pobres crianças entram cada vez mais cedo no enlouquecido mundo fashion.

O tipo de roupa que escolhemos para nossas filhas pode parecer um assunto superficial e sem tanta relação com a forma delas agirem e se comportarem, mas no fundo a gente sabe que a realidade é bem diferente. Vestir as crianças não como crianças é queimar etapas, é trazer interesses que não são próprios para a idade.

Crianças vestidas de forma sensual, apelativa, acabam assimilando de alguma forma esses valores. Além disso, a forma como educamos nossas filhas a se vestirem tem relação com a forma como elas irão se vestir quando forem elas mesmas as responsáveis por suas roupas. Apesar de não ser completamente determinante, as crianças que são empurradas a usar um tipo de roupa provocativo terão uma tendência maior de continuarem a se vestir assim. As mães que se preocupam exageradamente em deixar suas filhas 'na moda' ensinam suas pequenas princesas a serem consumistas, a dar valor exagerado ao que não é o mais importante, a acharem que precisam mais do que o realmente necessário.

Criança não deve se preocupar em seguir moda, tendências ou em chamar a atenção. A menina deve aprender a se vestir de acordo com a sua feminilidade, de acordo com sua natureza delicada e graciosa. Ao mesmo tempo, sua roupa deve ser alegre e funcional. Criança deve ter conforto e liberdade pra brincar, pular, correr e se divertir.

As crianças não devem ser vítimas dos pais. Os pais também não devem ser vítimas de suas crianças. É verdade que cada vez mais cedo elas querem decidir sozinhas o que vestir, mas a decisão final SEMPRE deve ser e é dos pais (afinal, são eles que compram suas roupas). Até quando eu for responsável pela forma como minhas filhas se vestem, quero cuidar para que elas se vistam de acordo com o que são – meninas, crianças.

Se a tendência natural é se deixar influenciar pelos apelos da indústria da moda que evidentemente está a serviço de interesses que não são os conservadores e bíblicos, nada mais urgente e prudente que ensinarmos às nossas pequenas a vestirem-se de forma adequada à sua realidade, prezando sempre pela feminilidade, pela simplicidade, pela modéstia, pelo pudor, pela decência. Porque é de pequena que se aprende as coisas mais básicas da vida.

Deus me ajude a fazer a minha parte com as minhas pequenas.
Um abraço, Renata Veras

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9 comentários

  1. SEMPRE me sinto mal quando vejo uma criança maquiada (com perfeição, obviamente por um adulto), ou usando salto e acessórios de adulto. A infância é maravilhosa simplesmente pq as obrigações e "estereótipos" dos adultos não a invade, espero que os pais o quanto antes se espertem sobre a importancia de nao estimular isso nas crianças. Tudo tem seu tempo, e infancia obviamente nao é tempo dessa overdose de adultismo.

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    1. Oi Lenara! Concordo com vc! Chega de pular etapas e queimar fases! Deus abençoe nossas crianças!

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  2. Reflexões sempre pertinentes e oportunas. Com certeza deixa muita irmãzinha de "orelha quente".

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  3. Reflexóes sempre pertinentes e oportunas. Continue minha irmã, encontramos consolo, edificação e exortação em suas palavras. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.

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    1. Glórias a Deus, Natasha!
      E obrigada pelas palavras de encorajamento.

      Abraço carinhoso,
      Renata Veras

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