Como vai a sua vida espiritual? A roda da vida espiritual.

 


Como está a sua vida espiritual? Essa é uma questão que é levantada pelo livro de Malaquias, o livro tenho estudado no Ministérios e Mulheres nesse primeiro semestre. E essa é uma questão difícil de responder quando não se não tem critérios objetivos de avaliação. 

À tal questionamento, costumamos fazer avaliações bem genéricas. Algumas de nós, ao ser perguntada pela vida devocional, pensa na vida devocional. Se estou fazendo meu devocional direitinho, minha vida espiritual está ótima. Se eu não estou fazendo meu devocional, minha vida espiritual não está legal. Outras de nós, mais ativistas, costumam avaliar sua vida espiritual pelas pela quantidade de atividade que está desempenhando na igreja. Logo, se estou fazendo muita coisa na igreja, minha vida espiritual está ótima! Se eu não estou fazendo nada, considero que a minha vida espiritual não está tão legal. 

 O fato é que geralmente temos critérios equivocados ou limitados de avaliação que podem ser frutos de uma ideia que é igualmente equivocada a respeito do que significa espiritualidade saudável. Por essa razão, desenvolvi a roda da vida espiritual como atividade facilitadora de avaliação um pouco mais objetiva e profunda da espiritualidade para aplicar nos nossos encontros de mulheres enquanto estudamos Malaquias. É importante salientar, entretanto, que esse é apenas um recurso prático e não é um exercício exaustivo. Trata-se de uma ferramenta para ajudar nesse processo de auto confrontação e autoanálise, levando à de pelo menos oito aspectos diferentes que fazem parte da vida espiritual. Lembre-se também que os aspectos apresentados nesse recurso não são exaustivos. Outros aspectos poderiam ser acrescentados e avaliado. 

No caso específico da roda da vida espiritual, avaliaremos pelo menos 8 aspectos que são aspectos levantados direta ou indiretamente pelo texto sagrado, pelo livro de Malaquias: (1) amor a Deus; (2) conhecimento de Deus; (3) respeito e honra Deus; (4) obediência a Deus; (5) contentamento e satisfação em Deus; (6) devoção a Deus; (7) dependência de Deus; (8) consciência de reino. O propósito do recurso é avaliar objetivamente cada um desses aspectos e marcar na roda da vida o nível que você considera que é o seu em cada área específica. 

 Certamente você vai perceber que cada um desses elementos estão interligados, uma vez que todos dizem respeito à vida espiritual. Assim, o meu amor por Deus está relacionado ao conhecimento que eu tenho no meu Deus. A minha obediência a Deus está relacionada ao amor que eu tenho por Deus e, consequentemente, ao conhecimento que eu tenho do meu Deus. 

 O objetivo é olhar para nós mesmas, fazendo esse exercício de julgamento próprio, avaliar e pensar como estamos levando a nossa vida espiritual, como estamos nos relacionando com aquele que dizemos ser o nosso Deus. E essa é uma avaliação que deve ser periódica, até mesmo diária. Durante a atividade, somos convidadas a avaliar de 1 a 10 cada um dos aspectos apresentados. Acredito que ninguém alcançará 10 em nenhum desses aspectos, pelo menos não aqui debaixo do Sol. Alguns, nem mesmo além. Por exemplo, nunca conheceremos completamente a Deus. Mas, considerando a nossa caminhada cristã aqui, sabemos que podemos estar mais próximas ou mais distantes do que deveríamos estar. 

É necessária uma boa dose de objetividade e de honestidade para entender onde estamos e pedir ajuda a Deus para nos colocar onde deveríamos estar. Abaixo, segue uma breve explicação de cada um dos aspectos. Você pode recorrer ao quadro explicativo presente no material para ajudar na hora de realizar a atividade. 

  1. Amor a Deus: o primeiro critério é amor a Deus. E o objetivo não é que você avalie esse amor por Deus de maneira subjetiva ou emotiva. Emoções são importantes, as nossas afeições são importantes, mas aqui estamos pensando em termos objetivos. Como tenho demonstrado o amor que digo ter por Deus? Como tenho demonstrado que amo a Deus? As pessoas ao meu redor conseguem perceber o meu amor por Deus pelas minhas atitudes? Podemos pensar aqui em coisas objetivas que as próprias Escrituras nos ensinam a respeito do que é amor. Por exemplo, a Bíblia nos diz que aquele que ama guarda os mandamentos. Conhecemos os mandamentos? Guardamos os mandamentos? Fazemos questão de viver em obediência? Aquele que ama a Deus também ama o que Deus ama. Ama os interesses de Deus e odeia aquilo que Deus odeia. Será que vivemos assim ou estamos vivendo o contrário? Será que amamos as coisas que Deus não gosta é desprezamos as coisas que Deus considera importantes. Esses são alguns critérios e algumas dicas objetivas para avaliar o nosso amor por Deus. 

  2. Conhecimento de Deus: o quanto conhecemos a Deus? E aqui nos referimos a conhecimento intelectual. Conhecimento intelectual sozinho não é importante, mas ele é importante. É muito difícil amar quem eu não conheço. Quanto mais eu conheço, mas eu amo. Quanto mais eu amo, mais eu me interesso em conhecer. Assim, o quanto eu conheço do meu Deus? O quanto eu conheço das Escrituras? O quanto eu demonstro e quero conhecer? Vou pra escola dominical, vou para um curso teológico, compro livros, estou preocupada e desejosa de aprender, leio a minha bíblia não só para o devocional, mas faço estudos bíblicos? 

  3. Respeito e honra Deus: como nos aproximamos de Deus? Como falamos com o nosso Deus? Como falamos do meu Deus? Nossa vida de devoção é realmente respeitosa honrosa ou fazemos devocional de qualquer jeito, nos aproximamos de Deus qualquer jeito? Nossas orações são mecânicas? Tratamos a Deus dando a ele a honra e o respeito que são devidos? Nos prostramos diante de Deus? Temos cuidado com a forma como nos referimos a Deus? Louvamos a Deus e prestamos honra e respeito, declarando com os seus lábios quem Deus é? 

  4. Obediência a Deus: temos os 10 mandamentos, mas precisamos lembrar e pensar nos mandamentos da perspectiva de Jesus. A perspectiva de Jesus é a perspectiva que nos lembra que a obediência não é só um ato externo, mas vem do coração. Não ter outros deuses além do Senhor não é somente ter uma imagem idólatra em casa, mas não ter outros ídolos velados como o dinheiro, os filhos, o marido, etc. Não adulterar não é apenas não ter relações sexuais com outra pessoa que não é seu marido, mas é olhar com olhar indevido. A questão da obediência é muito mais profunda, é uma obediência de dentro, de coração. 

  5. Contentamento e satisfação com Deus: contentamento e satisfação é um bom termômetro da vida espiritual. As coisas podem até não estar bem, mas há uma compreensão firme de que Deus está no controle, de que ele nos dá tudo o que precisamos e que tudo aquilo que ele permite em nossas vidas visa um fim proveitoso. Vivemos murmurando, reclamando, com listas infinitas de pedidos? Nunca estamos satisfeitas? Sempre olhamos para o que está faltando? Agradecemos muito pouco? 

  6. Devoção a Deus: mais do que cumprir religiosamente uma lista de obrigações devocionais, entendemos a vida devocional como algo que precisamos? Desejamos as disciplinas devocionais porque entendemos que esta é uma necessidade pessoal? Ou fazemos por obrigação, por medo de ‘perder a sua salvação’? Como está a nossa leitura bíblica, nossa prática de oração, nossa intercessão, a memorização das Escrituras? 

  7. Dependência de Deus: esse é um critério retirado diretamente de Malaquias e tem muito a ver com finanças. Quando falamos de dependência, falamos aqui de dependência financeira. Eu dependo financeiramente de Deus ou acredito que sou eu e é o meu braço, é o meu trabalho, é a minha capacidade que provê e que garante o meu sustento e que eu tenha as coisas dentro de casa e, por isso, eu retenho, eu não sou generosa, eu não dou ofertas, eu não ajudo pessoas em necessidade? Entender que tudo vem de Deus e que é Deus que provê tudo muda a forma como vemos e encaramos a questão do dinheiro e faz de nós mais generosas, mais interessadas nas coisas do Reino. 

  8. Consciência de Reino: e o que seria essa consciência de Reino? É saber e viver todos os dias lembrando que não somos daqui, mas que fazemos parte de um Reino diferente. É entender que a os interesses do Rei devem ser os meus interesses, em primeiro lugar. Os interesses do Reino devem ser os meus interesses e não o meu Reino em primeiro lugar. Como nos avaliamos de acordo com esse critério? Lembramos que fazemos parte de outro Reino? Ora para que esse Reino venha? Fazemos alguma coisa objetivamente por esse Reino? Sabe quais são os interesses do Rei? Ora por esses interesses? Pedimos a Deus para que ele nos inclua no serviço do Reino? 

 Duas considerações importantes ao fazer a sua auto avaliação honesta: 

  Primeiro, faça sua avaliação em oração e cuidado para não cair no desânimo ou desespero. Você pode perceber que as coisas não andam muito bem por aí e é importante que isso nos cause tristeza, mas não paramos e estacionamos no sentimento de tristeza. Olhar honestamente para dentro deve sempre nos fazer correr para o alto! Lembre sempre que a chave é “voltem-se para mim, e eu me voltei para vocês” Malaquias 3:7. Às vezes estamos distantes, mas a única coisa que precisamos fazer é correr para Deus e Ele nos ajuda e nos coloca de volta nos eixos! Sempre há esperança.

  Segundo, avaliação sem ação é inútil. A primeira coisa a se fazer é pedir ajuda a quem pode nos ajudar – nosso Deus. Além disso, é importante, em oração, pensar em maneiras práticas de mudança. Escolha uma atitude prática para implementar para cada uma dessas áreas. Considere também pedir avaliação externa de alguém que seja próximo de você e te conheça bem. Essa pessoa pode encorajar e perceber pontos cegos (pode ser seu marido, por exemplo).


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Um abraço carinho 
e sigamos juntas rumo à uma vida espiritual saudável, 
Renata Veras.

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